Um dos diferenciais que o modelo para o Novo Ensino Médio é a divisão dos componentes curriculares dentro de grupos que foquem em áreas mais específicas de formação. Uma vez que nos itinerários formativos os alunos poderão escolher áreas de maior interesse e que o ajudarão na construção de uma futura carreira profissional.
Uma das grandes críticas que o modelo atual do Ensino Médio recebe é o fato de que no processo de formação falta tempo, às vezes, para investir em direcionamento vocacional, orientação de carreira e projeto de vida. Resultando em casos de alunos que entram nas faculdades com muitas dúvidas sobre profissão e nas habilidades, e na consequente evasão ou troca de curso. Com o novo modelo, as atividades vocacionais poderão ser melhor trabalhadas, dando a este processo de escolha do aluno um suporte mais aprofundado.
Com as unidades curriculares separadas em áreas de interesse, maior carga horária, entre outras mudanças, a presença de um orientador educacional nas escolas se torna uma boa alternativa. Neste caso, o aluno recebe um acompanhamento especializado com vistas a ajudá-lo a fazer escolhas fundamentadas, saudáveis que devem guiar sua jornada profissional. Diferente do teste vocacional, a orientação especializada considera muitos fatores: interesses pessoais, habilidades técnicas, facilidades de aprendizado, além de produzir um amplo panorama do mercado e das características que as áreas apontadas pelos alunos apresentam.
Todo o processo é feito por meio do diálogo e experimentação, que ajudarão o aluno quando a indecisão sobre o futuro bater à porta. A sensação de estar sob pressão para escolher uma carreira é amenizada, pois o processo de orientação profissional ajuda a organizar pensamentos, gostos e habilidades na direção de um projeto de vida. O espaço em que ocorre este suporte é também local para que o orientador, o estudante e até mesmo os pais considerem estratégias que ajudarão a potencializar formação e currículo para ingresso na graduação.
O acompanhamento vocacional desde o início ajuda no autoconhecimento dos estudantes, passo fundamental para escolhas sobre o futuro. Também promove uma análise realista sobre expectativas de carreira. Os aspectos pessoais, éticos e sociais são considerados, bem como por meio da orientação pode-se construir uma relação entre aluno e família para que a escolha profissional receba apoio, incentivo e seja feita com verdadeiro conhecimento das possibilidades do mercado. Um processo desta natureza objetiva separar os reais desejos e intenções do estudante das influências externas e sociais que podem interferir em sua decisão trazendo risco de infelicidade na escolha.
Na organização dos processos para o Novo Ensino Médio, a escola que opta por agregar em seu quadro um profissional específico para trabalhar neste campo, atua de maneira vanguardista e oferece mais a alunos e pais. A ansiedade das escolhas profissionais (que são feitas por alunos ainda muito jovens) e as dificuldades de filtrar grande quantidade de informação relacionada às diferentes profissões, encontra soluções, apoio e sistematização. Sempre lembrando que o trabalho do orientador deve ser um suporte, contribuindo para escolhas saudáveis e promissoras. Que tal sua escola pensar sobre isto?