Os nascidos entre o fim da década de 1990 e 2010 são os que compõem a geração Z. Eles chegaram em um mundo diferente do de seus pais. Neste período, a internet surgiu e se expandiu, assim como os computadores, que se tornaram máquinas mais portáteis e acessíveis a um grande número de pessoas. A geração Z não testemunhou os primórdios do mundo tecnológico contemporâneo e nem mesmo a realidade sem a existência das redes. Mas cresceu acompanhando o rápido avanço das ferramentas utilizadas atualmente.
Se antes o acesso à internet era restrito a um computador, os mais jovens viram o advento dos Smartphones, que trouxeram consigo uma série de possibilidades, dentre elas, a conexão contínua com a internet. Também a facilidade de produzir fotos e vídeos, graças às câmeras digitais presentes nestes aparelhos. Tantas inovações produziram uma mudança na maneira como as pessoas se relacionam com a tecnologia, com a informação e com os outros. A geração Z vive os resultados de todas estas transformações e, não só representam um desafio para os professores e gestores da escola, como enfrentam desafios ao chegar no ambiente escolar e se depararem, na maioria das vezes, com um método de ensino que não dá conta de abarcar todas estas mudanças.
O choque se dá justamente porque temos gestores, professores e alunos de gerações diferentes que precisam interagir para que o ambiente escolar seja produtivo e promova o crescimento físico, intelectual e socioemocionais dos indivíduos. Ter de lidar com uma geração tão diferente e única pode causar ansiedade naqueles que ensinam, acolhem e convivem com eles em sala de aula. Como lidar com essa geração para que desenvolvam o interesse pelo conhecimento e consigam atingir o seu máximo potencial?
Para alcançar este objetivo, o profissional de educação precisa estar disposto a se reinventar em sala de aula a fim de redefinir as conexão com os estudantes. Nesse processo, faz-se necessário reconhecer que, para um aluno que vive em um mundo conectado, é um desafio enfrentar uma sala de aula com quadro, carteiras e livros. Partindo deste pressuposto, é hora de traçar estratégias para encurtar as distâncias entre o mundo de dentro e de fora da sala de aula, trazendo para os encontros discussões, linguagem e temas de interesse dos alunos. Bem como utilizar tecnologias a que eles estão constantemente expostos. Sempre fazendo recortes e oferecendo perspectivas que contribuam diretamente com o componente que precisa ser ensinado.
Outra característica marcante da geração Z é a valorização da individualidade. Este é um aspecto importante a ser considerado ao longo de todo o aprendizado. No lugar das avaliações periódicas alternativas ou dissertativas, talvez seja o momento de investir na realização de projetos ou atividades com prazos maiores. Elas incentivam e dão espaço a criatividade de cada aluno, além de possibilitar o trabalho em duplas ou grupos, exigindo o desenvolvimento de outras habilidades extremamente valorizadas no mercado de trabalho.
Para o aluno da geração Z, o estudo ativo é extremamente eficaz. O papel do professor é, portanto, fazer boas perguntas, enquanto assume o papel de ser um facilitador do processo de aprendizado. Dessa maneira, todos aprendem juntos em uma parceria. O professor apresenta os caminhos para o conhecimento e os alunos descobrem as melhores maneiras de aplicá-lo, à medida que interagem com este mundo em constante transformação. Todos têm muito a ganhar.